opinião

A busca pelo vice e o fator pandemia na corrida eleitoral

Matéria deste fim de semana, feita com a parceria do repórter de Política, Eduardo Tesch, traz um recorte interessante do que tende a ser a disputa eleitoral à prefeitura de Santa Maria. O pleito, inclusive, deve fugir do convencional mês de outubro, já tradicional no calendário eleitoral. Isso, claro, observa o fato de a pandemia não estar dando, até aqui, sinais de que irá recuar tão cedo em nosso país.  

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Ao termos mais de 20 mil brasileiros mortos pelo vírus, o próprio TSE já vem dando sinais de que o adiamento do pleito não se trata apenas de questão de bom senso, mas, sim, de zelar pela vida de todos. E, inclusive, de se evitar uma ausência muito expressiva às urnas - algo, aliás, que nenhum político e partido desejam.

CENÁRIO DO MOMENTO
Já fica perceptível, contudo, que alguns nomes despontam na disputa. Obviamente que o prefeito Jorge Pozzobom (PSDB), natural candidato à reeleição, irá tentar emplacar um segundo mandato, a exemplo dos antecessores dele, Cezar Schirmer (MDB) e Valdeci Oliveira (PT). 

O retrospecto, ao observar os últimos dois prefeitos, mostra que o mandatário larga na frente. Ao mesmo tempo, que tende a ter a maior rejeição - por motivos óbvios, justamente por ser governo e vidraça -, Pozzobom tem um trunfo: a condução do município frente à pandemia.

A crise, sem precedentes com desdobramentos na saúde e na economia, deixará sequelas ao quinto maior município do Estado. Mas qual município brasileiro não terá? Pozzobom soube fazer, de forma acertada, um caminho que preparou a rede de saúde (pública e privada) até aqui. E, de forma alinhada ao Estado, vem possibilitando a retomada de setores da economia de forma gradativa.

Porém, Pozzobom não deve ter um caminho fácil até a reeleição. Ao contrário de Valdeci e de Schirmer, eles não tiveram o desembarque dos vices. Situação que Pozzobom terá de saber contornar e minimizar.

Até porque Sergio Cechin (Progressistas), vice-prefeito, é um nome forte e um conhecedor da política e das demandas da cidade e do campo. Além do que, o Progressistas tem se mostrado determinante nos rumos e, principalmente, no resultado das últimas eleições. Cechin, que mostrou não estar a passeio, já tem o vice fechado, o vereador Francisco Harrisson (MDB). 

O PT, maior força partidária em número de filiados e de militância, está com o time pronto. O pré-candidato é o vereador Luciano Guerra, que terá o reforço do também parlamentar Marion Mortari (PSD), nome forte da zona rural. 

Já a dupla Fabiano Pereira (PSB) e Marcelo Bisogno (PDT), seja nessa ordem ou não, trabalha em uma ampla frente para garantir a chegada ao segundo turno. 

Ainda há Jader Maretoli (Republicanos), que quer mostrar que a votação dele, em 2016, não foi uma marola e diz ter robustez para ir ainda mais longe. 

O Cidadania, de Evandro de Barros Behr, tende a trilhar um caminho solitário. Convicto de que não há espaço para concessão, com loteamento de cargos em um eventual governo, Behr assevera que não dará cheque em branco a quem quer que seja. 

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